- Puri, Telikong ou Paqui, falada nos vales do Itabapoana e Médio Paraíba e nas serras da Mantiqueira e das Frecheiras, entre os rios Pomba e Muriaé. Estava dividida em três sub-grupos denominados Sabonan, Uambori e Xamixuna.
- Coroado, em ramificações da Serra do Mar e nos vales dos rios Paraíba, Pomba e Preto. Subdividida em vários grupos, entre os quais, Maritong, Cobanipaque, Tamprun e Sasaricon.
- Coropó, no rio Pomba e na margem sul do Alto Paraíba.
- Goitacá, Guaitacá, Waitaka ou Aitacaz, nas planícies e restingas do Norte Fluminense, em áreas próximas ao Cabo de São Tomé, no território entre a Lagoa Feia e a boca do rio Paraíba. Subdividida em quatro grupos: Goitacá-Mopi, Goitacá-Jacoritó, Goitacá-Guassu e Goitacá-Mirim.
- Guaru ou Guarulho, falada na serra dos Órgãos e também nas margens dos rios Piabanha, Paraíba e afluentes, incluindo o Muriaé, com as suas ramificações por Minas Gerais e Espírito Santo.
- Pitá, na região do rio Bonito.
- Xumeto, na Serra da Mantiqueira.
- Bacunin, no rio Preto e próximo à atual cidade de Valença.
- Bocayú, nos rios Preto e Pomba.
- Caxiné, na região entre os rios Preto e Paraíba.
- Sacaru no vale do Médio Paraíba.
- Paraíba, também no Médio Paraíba.
A família linguística Puri e as línguas Goitacá e Guarulho
A Família Puri foi vinculada pelo pesquisador Aryon Rodrigues ao tronco Macro-Jê. Dividida em 23 línguas, espalhava-se também por regiões que atualmente fazem parte dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. Doze delas eram faladas no Rio de Janeiro. As três primeiras aqui enumeradas desapareceram, mas deixaram alguns registros. As demais, pouco conhecidas e extintas, podem ter pertencido a esta família, segundo suposições de Loukotka, que não apresenta evidências lingüísticas para isso: