PROJETO: LIVRO SOBRE ALDEIA VELHA

Blog Aldeia Velha-Ipuca: não é um diário, como outros blogs - é um caderno de apontamentos das pesquisas

Autores: Sonia Regina e Fernando Oliveira - Produção: Rômulo Melo, da Pousada Beira-Rio

Parceiros: Pousada Beira-Rio , Pousada da Aldeia ,

Apoio: Secretário de Educação e Cultura e Vice-Prefeito Fernando Augusto Bastos da Conceição e Subsecretário de Turismo Antonio Henrique

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A 115km do Rio de Janeiro - no km 215 da BR 101 (mapa e dicas) - e aos pés da Serra do Mar, Aldeia Velha está cercada pela Mata Atlântica que abriga o raro mico-leão-dourado. De dia pode-se passear a cavalo e a pé, tomar banho no rio e nas várias cachoeiras. Antes do descanso nos campings ou pousadas vale conhecer os barzinhos abertos toda a noite. (fotos e slides).

Os 80 posts publicados desde 04.2 são sorteados para leitura a cada atualização desta página: ACESSE-OS em Postagens Aleatórias - na coluna da direita, onde também estão as parcerias. Atualmente estamos nos dedicando à releitura, compilação de dados e início das escrituras.

Continuem conosco e boas leituras!

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Os povos indígenas que viviam no Rio de Janeiro

Na verdade, da mesma forma que o termo europeu agrupa povos tão diferentes como os portugueses, espanhóis, franceses, ingleses, holandeses e tantos outros, o nome índio esconde centenas de nações independentes, que falam línguas diferentes, muitas delas não intercomunicantes entre si.
Cada uma tem uma história própria, organização social, habilidades tecnológicas e crenças religiosas peculiares. Cada uma possui a sua própria cultura, os seus costumes, o seu jeito de ser e o seu próprio nome.
Os povos que viviam no Rio de Janeiro transmitiam o que sabiam apenas através da palavra falada, própria da memória oral. Não deixaram, portanto, documentos escritos de identidade. Não tiveram oportunidade de se apresentar. Poucas vezes disseram como se autodenominavam. Quando o fizeram, nem sempre foram compreendidos. Os primeiros colonizadores portugueses, franceses e espanhóis tentaram, em alguns casos, identificar o nome próprio de cada povo criando, às vezes, uma grande confusão, porque quase sempre desconheciam as línguas faladas pelos índios.
Nos documentos que escreveram no passado, os europeus batizaram, às vezes, o mesmo povo com vários nomes, como é o caso dos Tupinambás, conhecidos também como Tamoio. Outras vezes, usaram um nome só - por exemplo, Coroado - para designar grupos que, apesar das semelhanças físicas, eram culturalmente muito diferentes. Registraram nomes que aparecem em poucos documentos e não conseguiram se firmar como Bacunin ou Caxiné. Escreveram o mesmo nome com grafias desiguais: Goitacá, Guaitacá, Waitaka ou Aitacaz. Inventaram nomes que mudaram com o tempo. Misturaram tudo. Fica, portanto, difícil saber quem era quem com base apenas nessas denominações. É necessário procurar outros critérios.