IV Simpósio Internacional de Geografia Agrária ||
V Simpósio Nacional de Geografia Agrária || 2009
EMENTA DA EXCURSÃO CIENTÍFICA
Diferentes práticas agroflorestais tornaram-se referências de recuperação ambiental e de alternativas de permanência dos agricultores na terra em assentamentos rurais na mata atlântica no Rio de Janeiro. Trata-se de situações de agricultores em assentamentos de reforma agrária que enfrentam o desafio da recuperação de grande passivo ambiental de fazendas.
A opção agroecológica como resistência na terra é a experiência do agricultor Milton Machado no Assentamento Visconde em Casimiro de Abreu/ RJ. Desde 2002 produz de forma agroecológica.
Durante muito tempo a forma que plantava a sua roça era convencional. Quando não deu mais para sobreviver da terra, foi trabalhar na cidade. Voltou para a terra com a desapropriação da Fazenda Visconde para fins de reforma agrária e decidiu agir diferente com os tratos da roça.
Hoje suas lavouras são cultivadas a partir de conceitos e princípios agroflorestais. Além da lavoura, Milton integra sua propriedade com criação de peixes, todo o manejo é sustentável.
Também faz o artesanato com materiais, tais como sementes, galhos e folhas, fibra de bananeira, cipós, bambu, madeira.
A outra experiência agroecológica trata-se do Sistema Agroflorestal da agricultora experimentadora Marlene, assentada no Assentamento de Aldeia Velha, em Silva Jardim/RJ.
Implantou um sistema agroflorestal nas proximidades de sua casa, em uma área de morro altamente degradada.
Como a grande maioria dos agricultores da região, manejava sua terra com práticas convencionais.
A área escolhida para iniciar a experiência agroflorestal se encontrava amplamente dominada pelo capim sapê. Conseguiu ir além do sapê após capiná-lo e plantar em seguida coquetel de sementes de adubação verde, e junto com esta adubação, foi diversificando e plantou banana, pupunha, abacaxi, quiabo, gergelim, jaca, graviola, árvores nativas, entre outras espécies. Atualmente Marlene tem colhido diversidade!
