PROJETO: LIVRO SOBRE ALDEIA VELHA

Blog Aldeia Velha-Ipuca: não é um diário, como outros blogs - é um caderno de apontamentos das pesquisas

Autores: Sonia Regina e Fernando Oliveira - Produção: Rômulo Melo, da Pousada Beira-Rio

Parceiros: Pousada Beira-Rio , Pousada da Aldeia ,

Apoio: Secretário de Educação e Cultura e Vice-Prefeito Fernando Augusto Bastos da Conceição e Subsecretário de Turismo Antonio Henrique

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A 115km do Rio de Janeiro - no km 215 da BR 101 (mapa e dicas) - e aos pés da Serra do Mar, Aldeia Velha está cercada pela Mata Atlântica que abriga o raro mico-leão-dourado. De dia pode-se passear a cavalo e a pé, tomar banho no rio e nas várias cachoeiras. Antes do descanso nos campings ou pousadas vale conhecer os barzinhos abertos toda a noite. (fotos e slides).

Os 80 posts publicados desde 04.2 são sorteados para leitura a cada atualização desta página: ACESSE-OS em Postagens Aleatórias - na coluna da direita, onde também estão as parcerias. Atualmente estamos nos dedicando à releitura, compilação de dados e início das escrituras.

Continuem conosco e boas leituras!

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Leonardo Boff - Sustentabilidade e cuidado: um caminho a seguir



Há muitos anos, venho trabalhando sobre a crise de civilização que se abateu perigosamente sobre a humanidade. Não me contentei com a análise estrutural de suas causas, mas, através de inúmeros escritos, tratei de trabalhar positivamente as saidas possíveis em termos de valores e princípios que confiram real sustentatibilidade ao mundo que deverá vir. Ajudou-me muito, minha paricipação na elaboração da Carta da Terra, a meu ver, um dos documentos mais inspiradores para a presente crise. Esta afirma:”o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal”.

Dois valores, entre outros, considero axiais, para esse novo começo: a sustentabilidade e o cuidado.

A sustentabilidade, já abordada no artigo anterior, significa o uso racional dos recursos escassos da Terra, sem prejudicar o capital natural, mantido em condições de sua reprodução, em vista ainda ao atendimento das necessidades das gerações futuras que também têm direito a um planeta habitável.

Trata-se de uma diligência que envolve um tipo de economia respeitadora dos limites de cada ecossistema e da própria Terra, de uma sociedade que busca a equidade e a justiça social mundial e de um meio ambiente suficientemente preservado para atender as demandas humanas.

Como se pode inferir, a sustentabilidadae alcança a sociedade, a política, a cultura, a arte, a natureza, o planeta e a vida de cada pessoa. Fundamentalmente importa garantir as condições físico-químicas e ecológicas que sustentam a produção e a reprodução da vida e da civilização. O que, na verdade, estamos constatando, com clareza crescente, é que o nosso estilo de vida, hoje mundializado, não possui suficiente sustentabildade. É demasiado hostil à vida e deixa de fora grande parte da humanidade. Reina uma perversa injustiça social mundial com suas terríveis sequelas, fato geralmente esquecido quando se aborda o tema do aquecimento globl.

A outra categoria, tão importante quanto a da sustentabilidade, é o cuidado, sobre o qual temos escrito vários estudos. O cuidado representa uma relação amorosa, respeitosa e não agressiva para com a realidade e por isso não destrutiva. Ela pressupõe que os seres humanos são parte da natureza e membros da comunidade biótica e cósmica com a responsabilidade de protege-la, regenerá-la e cuidá-la. Mais que uma técnica, o cuidado é uma arte, um paradigma novo de relacionamento para com a natureza, para com a Terra e para com os humanos.

Se a sustentabilidade representa o lado mais objetivo, ambiental, econômico e social da gestão dos bens naturais e de sua distribuição, o cuidado denota mais seu lado subjetivo: as atitudes, os valores éticos e espirituais que acompanham todo esse processo sem os quais a própria sustentabilidade não acontece ou não se garante a médio e longo prazo.

Sustentabilidade e cuidado devem ser assumidos conjutamente para impedir que a crise se transforme em tragédia e para conferir eficácia às praticas que visam a fundar um novo paradigma de convivência ser-humano-vida-Terra. A crise atual, com as severas ameaças que globalmente pesam sobre todos, coloca uma improstergável indagação filosófica: que tipo de seres somos, ora capazes de depredar a natureza e de por em risco a própria sobrevivência como espécie e ora de cuidar e de responsabilizar-nos pelo futuro comum? Qual, enfim, é nosso lugar na Terra e qual é a nossa missão? Não seria a de sermos os guardiães e e os cuidadores dessa herança sagrada que o Universo e Deus nos entregaram que é esse Planeta, vivo, que se autoregula, de cujo útero todos nós nascemos?

É aqui que, novamente, se recorre ao cuidado como uma possível definição operativa e essencial do ser humano. Ele inclui um certo modo de estar-no-mundo-com-os-outros e uma determinada práxis, preservadora da natureza. Não sem razão, uma tradição filosófica que nos vem da antiguidade e que culmina em Heidegger e em Winnicott defina a natureza do ser humano como um ser de cuidado. Sem o cuidado essencial ele não estaria aqui nem o mundo que o rodeia. Sustentabilidade e cuidado, juntos, nos mostram um caminho a seguir.


Leonardo Boff
Teólogo/Filósofo




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Leonardo Boff - Sustentabilidade: adjetivo ou substantivo?




É de bom tom hoje falar de sustentabilidade. Ela serve de etiqueta de garantia de que a empresa, ao produzir, está respeitando o meio ambiente. Atrás desta palavra se escondem algumas verdades mas também muitos engodos. De modo geral, ela é usada como adjetivo e não como substantivo.
Explico-me: como adjetivo é agregada a qualquer coisa sem mudar a natureza da coisa. Exemplo: posso diminuir a poluição química de uma fábrica, colocando filtros melhores em suas chaminés que vomitam gases. Mas a maneira com que a empresa se relaciona com a natureza donde tira os materiais para a produção, não muda; ela continua devastando; a preocupação não é com o meio ambiente mas com o lucro e com a competição que tem que ser garantida. Portanto, a sustentabilidade é apenas de acomodação e não de mudança; é adjetiva, não substantiva.
Sustentabilidade como substantivo exige uma mudança de relação para com a natureza, a vida e a Terra. A primeira mudança começa com outra visão da realidade. A Terra está viva e nós somos sua porção consciente e inteligente. Não estamos fora e acima dela como quem domina, mas dentro como quem cuida, aproveitando de seus bens mas respeitando seus limites. Há interação entre ser humano e natureza. Se poluo o ar, acabo adoecendo e reforço o efeito estufa donde se deriva o aquecimento global. Se recupero a mata ciliar do rio, preservo as águas, aumento seu volume e melhoro minha qualidade de vida, dos pássaros e dos insetos que polinizam as ávores frutíferas e as flores do jardim.
Sustentabilidade como substantivo acontece quando nos fazemos responsáveis pela preservação da vitalidade e da integridade dos ecossistemas. Devido à abusiva exploração de seus bens e serviços, tocamos nos limites da Terra. Ela não consegue, na ordem de 30%, recompor o que lhe foi tirado e roubado. A Terra está ficando, cada vez mais pobre: de florestas, de águas, de solos férteis, de ar limpo e de biodiversidade. E o que é mais grave: mais empobrecida de gente com solidariedade, com compaixão, com respeito, com cuidado e com amor para com os diferentes. Quando isso vai parar?
A sustentabilidade como substantivo é alcançada no dia em que mudarmos nossa maneira de habitar a Terra, nossa Grande Mãe, de produzir, de distribuir, de consumir e de tratar os dejetos. Nosso sistema de vida está morrendo, sem capacidade de resolver os problemas que criou. Pior, ele nos está matando e ameaçando todo o sistema de vida.
Temos que reinventar um novo modo de estar no mundo com os outros, com a natureza, com a Terra e com a Última Realidade. Aprender a ser mais com menos e a satisfazer nossas necessidades com sentido de solidariedade para com os milhões que passam fome e com o futuro de nossos filhos e netos. Ou mudamos, ou vamos ao encontro de previsíveis tragédias ecológicas e humanitárias.
Quando aqueles que controlam as finanças e os destinos dos povos se reunem, nunca é para discutir o futuro da vida humana e a preservação da Terra. Eles se encontram para tratar de dinheiros, de como salvar o sistema financeiro e especulativo, de como garantir as taxas de juros e os lucros dos bancos. Se falam de aquecimento global e de mudanças climáticas é quase sempre nesta ótica: quanto posso perder com estes fenômenos? Ou então, como posso ganhar comprando ou vendendo bonus de carbono (compro de outros paises licença para continuar a poluir)? A sustentabilidade de que falam não é nem adjetiva, nem substantiva. É pura retórica. Esquecem que a Terra pode viver sem nós, como viveu por bilhões de anos. Nós não podemos viver sem ela.
Não nos iludamos: as empresas, em sua grande maioria, só assumem a responsabilidade socio-ambiental na medida em que os ganhos não sejam prejudicados e a competição não seja ameaçada. Portanto, nada de mudanças de rumo, de relação diferente para com a natureza, nada de valores éticos e espirituais. Como disse muito bem o ecólogo social uruguaio E. Gudynas: “a tarefa não é pensar em desenvolvimento alternativo mas em alternativas de desenvolvimento”.
Chegamos a um ponto em que não temos outra saída senão fazer uma revolução paradigmática, senão seremos vítimas da lógica férrea do Capital que nos poderá levar a um fenomenal impasse civilizatório.

Leonardo Boff
Teólogo/Filósofo

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Camping Aldeia do Bambu adere ao projeto do livro sobre Aldeia Velha





" Extraído da própria natureza, porém não de Aldeia Velha, o bambu é ferramenta de trabalho de Thiago Victer, um niteroense que se encantou pela beleza de Aldeia Velha e hoje vive da arte em bambu. O material vem dos bambuzais de Lumiar, distrito de Nova Friburgo, que não fica muito longe da vila.
O artesão começou seu trabalho desde pequeno e hoje não se imagina fazendo outra coisa, que senão a arte em bambu. "Eu vim pra Aldeia em 2000 e montei a loja, ainda pequena, mas com o tempo consegui alugar um ponto maior. Só sei viver do que eu faço, não sei fazer outra coisa. É o que eu gosto de fazer", disse Thiago. Ele, além de viver da arte em bambu, montou um bar, ao lado da loja. Desde então, o local virou o point dos turistas, além de ter visão aberta para os produtos da loja e atrair clientes também para o artesanato.
São artigos como luminárias, que são campeãs em vendas, porta-incensos, porta-CDs, e até mesmo redes, estantes, sofás e camas de bambu. Os produtos custam de R$ 20,00 a R$ 650,00, que é o valor aproximado das camas que, inclusive, possuem cabeceiras em forma de luminárias. "Eu faço de tudo e hoje o meu objetivo é ainda conseguir montar a loja toda em bambu", disse esperançoso o artesão."
Fonte: Jornal Expesso Regional Online





Camping Aldeia do Bambu
22 2668-2625      e  22 8129-7742
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Aprovada a destruição. Que fazer? - Elaine Tavares



















Vivemos um eterno retorno quando se trata da proteção aos latifundiários e grandes empresas internacionais. No Brasil contemporâneo, pós-ditadura, nunca houve um governo sequer que buscasse, de verdade, uma outra práxis no campo. Todos os dias, nas correntes ideológicas do poder, disseminadas pela mídia comercial – capaz de atingir quase todo o país via televisão – podemos ver, fragmentadas, as notícias sobre a feroz e desigual queda de braço entre os destruidores capitalistas e as gentes que querem garantir vida boa e plena aos que hoje estão oprimidos e explorados.

Nestes dias de debate sobre o novo Código Florestal, então, foi um festival. As bocas alugadas falavam da votação e dos que são contra o código como se fossem pessoas completamente desequilibradas, que buscam impedir o progresso e o desenvolvimento do país. Não contentes com todo o apoio que recebem da usina ideológica midiática, os latifundiários e os capatazes das grandes transnacionais que já dominam boa parte das terras brasileiras, ainda se dão ao luxo de usar velhos expedientes, como o frio assassinato, para fazer valer aquilo que consideram como seu direito: destruir tudo para auferir lucros privados.

Assim, nos exatos dias de votação do novo código, jagunços fuzilam Zé Claudio, conhecido defensor da floresta amazônica. Matam ele e a mulher, porque os dois incomodavam demais com esse papo verde de preservar as árvores. Discursos tolo, dizem, de quem emperra a distribuição da riqueza, deles próprios, é claro. E o assassinato acontece, sem pejo, no mesmo dia em que os deputados discutem como fazer valer – para eles – os seus 30 dinheiros sujos de sangue.

Imagens diferentes, mas igualmente desoladoras. De um lado, a floresta devastada e as vidas ceifadas à bala, do outro a tal da “casa do povo”, repleta de gente que representa, no mais das vezes, os interesses escusos de quem lhes enche o bolso. Pátria? País? Desenvolvimento? Progresso? Bobagem! A máxima que impera é do conhecido personagem de Chico Anísio, o deputado Justo Veríssimo: eu quero é me arrumar!

No projeto construído pelo agronegócio só o que se contempla é o lucro dos donos das terras, dos grileiros, dos latifundiários. Menos mata preservada, legalização da destruição, perdão de todas as dívidas e multas dos grandes fazendeiros. Assim é bom falar de progresso. Progresso de quem, cara pálida? Ao mesmo tempo, os “empresários” do campo, incapazes de mostrar a cara, lotam as galerias com a massa de manobra. Pequenos produtores que acreditam estar defendendo o seu progresso. De que lhes valerá alguns metros a mais de terra na beira de um rio se na primeira grande chuva, o rio, sem a proteção da mata ciliar, transborda e destrói tudo? Que lógica tacanha é essa que impede de ver que o homem não está descolado da natureza, que o homem é natureza.

Que tamanha descarga de ideologia os graúdos conseguem produzir que leva os pequenos produtores a pensar que é possível dominar a natureza, como se ao fazer isso não estivessem colocando grilhões em si mesmo? Desde há muito tempo – e gente como Chico Mendes, irmã Doroty e Zé Claudio já sabia - que o ser humano só consegue seguir em frente nesta terra se fizer pactos com as outras forças da natureza. E que nestes pactos há que se respeitar o que estas forças precisam sob pena de ele mesmo (o humano) sucumbir.

O novo código florestal foi negociado dentro das formas mais rasteiras da política. Por ali, na grande casa de Brasília, muito pouca gente estava interessa em meio ambiente, floresta, árvore, rio, pátria, desenvolvimento. O negócio era conseguir cargo, verba, poder. Que se danem no inferno pessoas como Zé Cláudio, que ficam por aí a atrapalhar as negociatas. Para os que ali estavam no plenário da Câmara gente como o Zé e sua esposa Maria não existem. São absolutamente invisíveis e desnecessárias. Haverão de descobrir seus assassinos, talvez prendê-los por algum tempo, mas, nas internas comemorarão: menos um, menos um.

Assim, por 410 x 63, venceram os destruidores. Poderão desmatar a vontade num tempo em que o planeta inteiro clama por cuidado. Furacões, tsunamis, alagamentos, mortes. Quem se importa? Eles estarão protegidos nas mansões. Não moram em beiras de rio. Dos 16 deputados federais de Santa Catarina apenas Pedro Uczai votou não. Até a deputada Luci Choinacki, de origem camponesa, votou sim, contrariando tudo o que sempre defendeu.

Então, na mesma hora em que a floresta chorava por dois de seus filhos abatidos a tiros, os deputados celebravam aos gritos uma “vitória” sobre o governo e sobre os ecologistas. Daqui a alguns dias se verá o tipo de vitória que foi. Mas, estes, não se importarão. Não até que lhes toque uma desgraça qualquer. O cacique Seatlle, da etnia Suquamish, já compreendera, em 1855, o quanto o capitalismo nascente era incapaz de viver sem matar: “Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la, ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende”.

Zé Claudio e Maria eram assim, vistos como “selvagens que nada compreendem”. Mas, bem cedo se verá que não. Eles eram os profetas. Os que conseguiam ver para além da ganância. Os que conseguiam estabelecer uma relação amorosa com a terra e com as forças da natureza. Eles caíram à bala. E os deputados vende-pátria, quando cairão?

Já os que gritam e clamam por justiça, não precisam esmorecer. Perdeu-se uma batalha. A luta vai continuar. Pois, se sabe: quem luta também faz a lei. Mas a luta não pode ser apenas o grito impotente. Tem de haver ação, organização, informação, rebelião. Não só na proteção do verde, mas na destruição definitiva deste sistema capitalista dependente, que superexplora o trabalho e a terra. É chegada a hora de uma nova forma de organizar a vida. Mas ela só virá se as gentes voltarem a trabalhar em cada vereda deste país, denunciando o que nos mata e anunciando a boa nova.

Por Elaine Tavares - jornalista




Outros textos de Elaine Tavares enviados à revista Letras et cetera -
aqui





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Fazenda Surucucu: nova parceira



"A vantagem aqui é que a gente não precisa fazer muita coisa para atrair os turistas, a natureza fala pelo lugar. Mas se a gente tivesse mais apoio em relação a infra-estrutura, talvez Aldeia Velha vivesse lotada de turistas o ano todo e não somente durante o carnaval ou o ano novo, que agora é a nossa grande expectativa. Durante o resto do ano não recebemos tantos visitantes quanto nessas épocas", disse a proprietária da Fazenda Surucucu, Grace Huber.

Para atender a demanda de visitantes, Grace faz de sua fazenda um ambiente de descontração e transforma o local em um camping já há 4 anos. São cerca de 28 alqueires, com barzinho na beira do rio, espaço para prática de esportes, dentre outros atrativos. A fazendeira conta que chega a receber cerca de 200 pessoas
para acampar na alta temporada. Segundo ela, a única dificuldade de Aldeia Velha é a condição da estrada e a falta de incentivo ao turismo na região. "Os fazendeiros é que fizeram a instalação de luz aqui porque só foi colocada até um determinado ponto da estrada. A estrada de chão vira lama pura em época de chuva e assim a gente perde de receber visitantes no meado do ano. Acredito que se tivéssemos mais apoio da prefeitura, Aldeia Velha seria mais conhecida, com certeza", desabafou, ao acrescentar que a falta de estrutura deixa algumas pessoas sem apreciar a beleza e os tons de verde cristalino das cachoeiras que impressionam qualquer um.
 
[matéria Entre cachoeiras e micos, publicada em 22/09/2008
Expresso Regional Online: http://www.jornalexpressoregional.com.br/ ]






Camping Fazenda Surucucu - Rua Santana, s/nº - Aldeia Velha


Reservas: (22) 2668-2677
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Contribuição de Leonardo Boff ao seminário nacional de debate sobre o Código florestal.

[Carta O BERRO] Sao Paulo 7 de maio 2011



 " Lamento profundamente que a discussão do Código Florestal foi colocada preferentemente num contexto econômico, de produção de commodities e de mero crescimento econômico."




                              
         Companheiros e companheiras,

Por razões de saúde que me prendem em casa, não pude e estar ai com vocês. Que valha essa pequena mensagem.


Lamento profundamente que a discussão do Código Florestal foi colocada preferentemente num contexto econômico, de produção de commodities e de mero crescimento econômico.
Isso mostra a cegueira que tomou conta  da maioria dos parlamentare e também de setores importantes do Governo. Não tomam em devida conta as mudanças ocorridas no sistema-Terra e no sistema-Vida que levaram ao aquecimento global.
Este é apenas um nome que encobre práticas de devastação de florestas no mundo inteiro e no Brasil, envenenamento dos solos, poluição crescente da admosfera, diminuição drástica da biodiversidade, aumento acelerado da desertificação e, o que é mais dramático, a escassez progresiva de água potável que  atualmente já tem produzido 60 milhões de exilados.
 Aquecimento global significa ainda a ocorrência cada vez mais frequente de eventos extremos, que estamos assistindo no mundo inteiro e mesmo em nosso pais, com enchentes devastadoras de um lado, estiagens prolongadas de outro e vendavais nunca havidos no Sul do Brasil  que produzem grandes prejuizos em casas e plantações destruidas.
Só cegos e estupidificados pela ganância do lucro não vêem as conexões causais entre todos estes fenômenos.
A Terra está doente. A  humanidade sofredora de 860 milhões passou, por causa da crise econômico-financeiro dos paises opulentos, onde grassam ladrões, salteadores de beira de estrada das economias populares, a um bilhão e cem milhões de pessoas.
Consequência: a questão não é salvar o sistema econômico-financeiro, não é produzir mais grãos, carnes e commodities em geral para exportar mais e aumentar o lucro.
A questão central é salvar a vida, garantir as condições fisico-químicas e ecológicas que garantem a vitalidade e integridade da Terra e permitir a continuidade de nossa civilização e do projeto planetário humano.  A Terra pode viver sem nós e até melhor. Nós não podemos viver sem a Terra. Ela é  nossa única Casa Comum e não temos outra. Ela é a Pacha Mama dos andinos, a grande mãe, testemunhada por todos os agricultores e a  Gaia, da ciência moderna que a vê  como um superorganismo vivo que se autoregula de tal forma que sempre se faz apto para produzir e reproduzir vida.
Então, é nossa obrigação manter a floresta em pé. É uma exigência da humanidade, porque ela pertence a todos, embora gerenciada por nós . O equilíbrio climático da Terra e a suficiência de água para a humanidade passa pela floresta amazônica. É ela que sequestra carbono, nos devolve em oxigênio, em flores, frutos e biomassa. Por isso temos que manter nossas matas ciliares para garantir a perpetuidade dos rios e a preservação da pegada hidrológica (o quanto de água temos a nossa disposição). É imperioso não envenenar os solos pois os agrotóxicos alcançam o nivel freático das águas, caem nos rios,  penetram nos animais pelos alimentos quimicalizamos e acabam se depositando dentro de nossas células, nos entoxicando lentamente.
A luta é pea vida, pelo futuro da humanidade e pela preservação da Mãe Terra.  Vamos sim produzir, mas respeitando o alcance e o limite de cada ecossistema, os ciclos da natureza e cuidando dos bens e serviços que  Mãe Terra gratuita e permanentemente nos dá.
Que devolvemos à Terra como forma de gratidão e de compensação? Nada. Só agressão, exaustão de seus bens. Estamos conduzindo, todos juntos, uma guerra total contra a Terra. E não temos nenhuma chance de ganharmos essa guerra. Temo que a Mãe Terra se canse de nós e não nos queira mais hospedar aqui. Ela poderá nos elimiar como eliminamos uma célula cancerígena. Devemos devolver seus beneficios, com cuidado, respeito, veneração para que ela se sinta mãe amada e protegida e nos continue a querer como filhos e filhas queridos.
Mas não foi a devastação que fomos criados e estamos sobre esse ridente Planeta. Somos chamados a ser os cuidadores, os guardiães desta herança sagrada que o Universo e Deus nos entregaram. E vamos sim  salvar a vida, proteger a Terra e garantir um futuro comum, bom para todos os humanos e para a toda a comunidade de vida, para as plantas, para os animais, para os demais seres da criação.
A vida é chamada para a vida e não para a doença e para morte. Não permitiremos que um Codigo Florestal mal intencionado ponha em risco nosso futuro e o futuro de nossos filhos, filhas e netos. Queremos que eles nos abençoem por aquilo que tivermos feito de bom para a vida e para a Mãe Terra e não tenham motivos para nos amaldiçoar por aquilo que deixamos de fazer e podíamos ter feito e não fizemos.
O momento é de resistência, de denúncia e de exigências de transformações  nesse Código que  modificado honrará  a vida e alegrará a grande, boa e generosa Mãe Terra.
                                               
Leonardo Boff
Companheiro de lutas e de esperança

Petropolis, RJ, 7 de maio de 2011.







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Show do saxofonista Osvald Saint na Pousada Beira-Rio, em Aldeia Velha


Um clima de confraternização e alegria entrou pela madrugada do último sábado, dia 30 de abril, na Pousada Beira-Rio.
O som do sax de Osvald Saint tomou por inteiro os convivas, que recordaram canções brasileiras e internacionais, antigas e novas.
Uma noite inesquecível, com direito a dança e desejos de quero mais.
Além do repertório variadíssimo, Osvald Saint tocou inúmeros pedidos: como este, do video abaixo.


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"esse projeto de alteração do Código Florestal abre brechas para os desmatadores" - Luiz Pinguelli Rosa

Trecho da entrevista concedida por Luiz Pinguelli Rosa, secretário do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, chefiado pela presidente da República.



CartaCapital: Por que o senhor considera a proposta de modificação do Código Florestal um retrocesso?
Luiz Pinguelli Rosa:
O meu problema é específico com a emissão de gases do efeito estufa. Sou secretário do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, que por sinal é chefiado pela presidente da República. O Brasil assumiu compromissos em Copenhague de redução das suas emissões, sendo que mais de 70% delas provém do desmatamento. No mundo desenvolvido, o grande problema é o elevado consumo de combustíveis fósseis. Mas nós temos uma matriz energética diferenciada. Os brasileiros usam muito a hidroeletricidade e o etanol, que contribuem bem menos para as mudanças climáticas. Por fazer parte de um ciclo natural, essas fontes de energia apresentam uma emissão residual de gases. O desmatamento é o nosso maior vilão. O Brasil havia conseguido reduzir a devastação das florestas, mas esse projeto de alteração do Código Florestal abre brechas para os desmatadores.

CC: Por quê?
LPR:
Conversei com os ministros da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente. Também fiz consultas a ambientalistas e pesquisadores. Entre os especialistas mais destacados da Academia Brasileira de Ciências e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) há um consenso de que as mudanças favorecem o desmatamento. O texto final do relatório ainda está sendo discutido, mas na versão original apresentada pelo deputado Aldo Rebelo estava previsto a redução da área de proteção das matas ciliares, nas margens de rios e lagos, de 30 para 15 metros, o uso de topos de morros e encostas para a agricultura, a redução das áreas de reserva legal em certos biomas e uma anistia, um espécie de perdão, a quem desmatou. Muitos ficarão desobrigados a recompor a mata que derrubou. É um estímulo inequívoco ao desmatamento.

Leia na íntegra aqui
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Entrevistas para o Livro sobre Aldeia Velha

No âmbito do nosso trabalho para trazer para a actualidade as memórias da Aldeia, o co-autor Fernando Oliveira tem feito algumas pesquisas físicas na área sócio ambiental.
Essas pesquisas traduzem - na observação do habitat tradicional dos aldeões - a  perspectiva cultural e o espaço económico desde a raiz até à época de hoje.
Tentamos também fazer uma prospectiva auscultando os humores da população actual para tentar desenhar um figurino que nos leve a considerar o definhamento ou a vitalidade da povoação.
Nesta permuta entre entrevistados e entrevistador, apenas expomos aqui um pequeno resumo e a identificação dos primeiros.
Marcos Tostes tem 61 anos. Fala-nos das suas memórias e conta-nos do mito local – O Capitão da Mata.
José Manuel Marinho, com 65 anos e proprietário do Mercadinho – Mercearia Marinho. Fala-nos  da rudeza da vida nos tempos de seus pais (tinham 8 filhos), do trabalho nos tempos áureos da produção do café e depois banana.
Jorge Cardoso Victer nos diz que seus pais nasceram em Aldeia Velha. O pai era uma espécie de mentor politico, seus ascendestes vieram da Suiça.
Rogério Valença, jovem músico e compositor, conta-nos algumas coisas da modernidade na Aldeia.
Mário e Dalva Rodrigues falam-nos da existência da Igreja Evangélica Assembléia de Deus e nos indicam existir desde 1929 - se bem que na origem ela estivesse onde hoje se encontra a Mercearia do Marinho.
Outras personalidades locais serão entrevistadas brevemente.
Fernando Oliveira tem ainda a intenção de se fundir na vida local e ouvir pequenas cenas inéditas.
Agradecemos aos entrevistados e antes do fim da nossa/vossa obra os contactaremos novamente para fazer uma releitura dos apontamentos finais.

Atenciosamente, os autores
Sónia Regina e Fernando Oliveira



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Cronologia: a história passo a passo


.Por Sonia Regina.  


Não é simples nem fácil elaborar a cronologia dos fatos históricos que dizem respeito à Aldeia Velha (ex Freguesia da Sacra Família de Ipuca) e sua inter-relação com Barra de São João (para onde foi transferida a Freguesia) e com os municípios Silva jardim e Casimiro de Abreu (dela originados).
Há na internet, mesmo em sites de órgãos oficiais, linhas de tempo com datas e até fatos equivocados.
Já que muitos fatos da organização administrativa da época colonial estão registrados em documentos da Igreja Católica, fomos buscá-los e conseguimos esclarecer algumas discrepâncias, o que nos levou a uma compilação mais exata dos dados.
Nós os disponibilizamos - como todo o material deste blog - apenas para leitura, até o livro ser publicado.

 
 
Principais fatos históricos (Cronologia)

Contextualizamos, listando os fatos mais relevantes da História do Brasil, e marcamos os fatos estritamente ligados à Aldeia Velha.


1500 - Cabral chega ao Brasil
1501 - A Coroa Portuguesa concede a Fernão de Noronha o direito de exploração do pau-brasil.
1504 - Estabelecimento de feitoria em Cabo Frio.
1532 - Fundação da Vila de São Vicente por Martim Afonso de Souza.
1534 - D.João III institui o sistema de capitanias hereditárias no Brasil.
1548 - É criado o governo geral no Brasil.
1548 - Regimento de Tomé de Souza normatiza trabalho indígena.
1549 - Nomeação do primeiro governador geral do Brasil.
1550-60 - Chegam as primeiras levas de escravos africanos para o Brasil.
1555 - Fundação da França Antártica no Rio de Janeiro
1560- Chegam os primeiros escravos para as plantações e engenhos
1570 - Lei de D. Sebastião regulamenta escravidão indígena.
1611 - Lei de 10/09 regulamenta o funcionamento das aldeias de repartição.
1613-15- Os franceses fundam a cidade de São Luis no Maranhão
1615 - Fundada a povoação de Santa Helena - hoje Cabo Frio - e criada a Sesmaria de Campos Novos, na margem direita do rio São João.

1621 - Divisão política-administrativa da colônia.
1624-25 - Tentativa de invasão holandesa na Bahia.
1630-54 - Os holandeses dominam Pernambuco e parte do nordeste.
1640 - Ameaçados de expulsão, jesuítas assinam acordo com a Câmara do RJ.
1695 - O quilombo dos Palmares é destruído por Domingos Jorge Velho.
1698 - Proibição de casamento entre escravos e repartição.
1700 - Fundação do aldeamento de repartição de Ipuca (hoje Aldeia Velha) às margens do rio Aldeia Velha, na raiz da Serra do Mar. Pertencia à Capitania de Cabo Frio. Foi mudada depois para as margens do rio São João de Ipuca. Esses dois rios são afluentes do rio São João.
1714 - Conflitos dos jesuítas com o governador pelo controle dos índios.
1748 - Término da construção da primeira igreja dedicada à Sagrada Família de Ipuca  pelos índios de língua guarulho comandados pelo padre capuchinho Francisco Maria Tali (situada no local que em 1761 recebe foros de freguesia sob a denominação da Sacra Família de Ipuca, hoje conhecido por Aldeia Velha)
1752 – O aldeamento de repartição da Sacra Família de Ipuca se desenvolve e alguns moradores o abandonam, subindo o rio São João e seus afluentes. Estabelecem-se em suas margens, iniciando pequenos povoados ainda ligados à Igreja da Sagrada Família (situada no local que em 1761 recebe foros de freguesia sob a denominação da Sacra Família de Ipuca, hoje conhecido por Aldeia Velha).

Os povoados:

1753 - Poço das Antas;
1753 - Juturnaíba;
1755 - Capivari (hoje município de Silva Jardim)
1755 - Abolida legalmente a escravidão dos índios.
1757 - Criado o Diretório dos Índios para regulamentar trabalho compulsório.
1758 - Iniciada a formação do pequeno povoado de Correntezas
1759 - Chega ao fim o regime de capitanias hereditárias no Brasil.
1763 - Mudança da capital de Salvador para o Rio de Janeiro.
1765 - Iniciada a formação do pequeno povoado de Gaviões
1761 - A aldeia da Sacra Família de Ipuca recebe imigrantes europeus, cumprindo assim uma das determinações pombalinas. Coabitavam branco, índios, negros e mestiços.
1761 - A povoação nascente recebe foros de freguesia, sob a denominação da Sacra Família de Ipuca, declarada perpétua em 1800.
1761 - A Freguesia de Ipuca foi crescendo apoiada na exploração de madeira de lei e do Pau Brasil e no aproveitamento das terras férteis para a lavoura.
1761- O capitão-mór da aldeia de Ipuca, um índio responsável pela intermediação entre o governo luso-brasileiro e o aldeamento, era casado com uma negra escrava.
1763 - Mudança da capital de Salvador para o Rio de Janeiro.
1765 - Iniciada a formação do pequeno povoado de Gaviões
1789 - Eclode a Conjuração Mineira.
1797 - O povoado de Capivari (hoje município de Silva Jardim) é território da freguesia da Sagrada Família do Ipuca.
1798- Revogação do Diretório Pombalino, inaugurando o último período da história das aldeias do Rio de Janeiro. A mesma Carta Régia que tornou nulo o Diretório dos índios emancipou os índios aldeados, "equiparando-os" aos outros habitantes do Brasil. Os índios continuavam sendo considerados como incapazes de administrar seus bens, incluindo as terras das aldeias, ficando todo o patrimônio indígena sob custódia do Estado. A princípio foram os Ouvidores da Comarca que administraram os bens dos índios.
1800 - A Freguesia criada 1761 foros sob a denominação de Sacra Família de Ipuca (Hoje Aldeia Velha) é declarada perpétua.
1808 - Chega ao Brasil a família Real Portuguesa.
1809 - Tropas luso-brasileira ocupam a Guiana Francesa.
1810 - É assinado o Tratado de Comércio Navegação e Amizade com a Inglaterra.
1810 – Muito distantes da nova sede da freguesia da Sagrada Família do Ipuca, os moradores de Capivari (hoje município de Silva Jardim) pedem ao bispo a criação, em sua povoação, de uma freguesia.
9 de outubro de 1810 - Criada por Provisão episcopal A paróquia de Nossa Senhora da Lapa (hoje município de Silva Jardim), cuja igreja matriz está situada no Centro de Silva Jardim.
1811 - Tem início a intervenção portuguesa na Banda Oriental (atual Uruguai)
1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves.
1816 - Chegada ao Brasil da Missão Artística Francesa.
1817 - O povoado de Nossa Senhora da Lapa foi elevado a Freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Capivari.(hoje município de Silva Jardim)
1817 - Anexação da Província Cisplatina ao Brasil.
1821 - Volta da Corte Portuguesa para Portugal.
1822 - No dia 7 de setembro, D.Pedro I, às margens do riacho do Ipiranga em São Paulo, proclama a Independência do Brasil. Início do Brasil Monárquico.
1822 - No Rio de Janeiro, em 12 de outubro, D.Pedro I é aclamado imperador do Brasil.
1824 - No dia 25 de março, D.Pedro I outorga a Primeira Constituição Brasileira.
1824 - O nome oficial do país muda de Brasil para Império do Brasil.
1831 - Sofrendo pressões, D.pedro I abdica do trono do Brasil.
1831a 1840 - Período Regencial: Brasil é governado por regentes.
1833 - Os bens dos índios passam a ser administrados pelos Juízes de Órfãos, até 1845.
1834- Morte de D.Pedro I.
1838 – A Freguesia de N.S. da Lapa de Capivari passa a distrito de paz
1839 - O poeta Casimiro de Abreu nasce na antiga vila de Barra de São João, no Estado do Rio de Janeiro
1840 - Golpe da Maioridade: D.Pedro II assume o trono do Brasil com apenas 14 anos de idade.
1841 - A lei n° 239 transformou a freguesia N.S. da Lapa de Capivari em vila (hoje município de Silva Jardim)
1843 – Inauguração da vila de N.S. da Lapa de Capivari (mas já neste ano a legislação referia-se à vila com o nome de Capivari e N.S. da Capivari) - (hoje município de Silva Jardim)
1843 - Foi aprovada pelo Governo Provincial a demarcação dos limites da povoação da Barra de São João e fixada como Sede a localidade de Indaiaçú, hoje Casimiro de Abreu.
1845 - Criação da Diretoria Geral de índios e regulamentação da catequese.
1846 - O progresso verificado na florescente povoação de Barra de São João era tal (desempenhava função portuária de exportação dos produtos agrícolas locais para o Rio de Janeiro) que o governo elevou-a à categoria de vila com a denominação de Barra de São João, conservando os limites da freguesia (transferida de Aldeia Velha em 1801) da Sagrada Família do Ipuca em que ela estava colocada.
1846 – A região de Barra de São João teve o território desmembrado do município de Macaé, sendo emancipado pela Lei provincial n.º 394, de 19 de maio de 1846.
1847 - É instituído o parlamentarismo no Brasil.
1850 - Lei Eusébio de Queiróz proibe o tráfico de escravos.
1854 - O empresário Barão de Mauá, em 30 de abril, inaugura a primeira ferrovia brasileira.
1860 - O poeta Casimiro de Abreu morre em Indayassu, atual município de Casimiro de Abreu.
1870 - Lançamento do Manifesto Republicano.
1871 - Promulgada a Lei do Ventre Livre.
1872 - Fundação do Partido Republicano.
1874 - Chegam em São Paulo os primeiro imigrantes italianos (início da fase de imigração).
1880 - Construída a linha férrea com vistas a levar à Macaé os trilhos da futura Leopoldina Railway.
1880 - Junto às estações da linha férrea começam a nascer os povoados de Indayassu (atual município de Casimiro de Abreu), Professor Souza, Rio Dourado e Rocha Leão.
1882 - A borracha ganha importância no mercado internacional e o Brasil torna-se um grande produtor e exportador.
1885 - Lei dos Sexagenários: liberdade aos escravos com mais de sessenta anos.
1888 - A Princesa Isabel assina a Lei Áurea, acabando com a escravidão no Brasil, ainda Império. Por causa da falta de operários de baixa renda, Barra de São João entra numa crise econômica.
1889 – Proclamada a República dos Estados Unidos do Brasil (fim do Brasil Império).
1890 - No período republicano Capivari, sede do Município, é elevada a Cidade e seu topônimo mudado para Silva Jardim.
1890 - Capivari (hoje município de Silva Jardim) foi elevada à categoria de cidade pelo Decreto n° 28.
1938 - Indayassu passa a se chamar Casimiro de Abreu, em homenagem ao grande poeta da literatura, patrono da cadeira número 6 da Academia Brasileira de Letras.
1939-1943 - O município de Silva Jardim possui 3 vilas e 4 povoados. As vilas são: Quartéis, Gaviões e Correntezas; e os povoados: Imbaú, Cesário Alvim, Juturnaíba e Poço D’Anta.

 
 
Hoje

Em "Síntese" de 31-Xll-1994, o município de Silva Jardim é constituído de 4 distritos: Silva Jardim, Aldeia Velha ex-Quartéis, Correntezas e Gaviões;

Em divisão territorial datada de 2003, o município de Casimiro de Abreu é constituído de 4 distritos: Casimirio de Abreu, Barra de São João, Professor Souza e Rio Dourado, assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
 
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