PROJETO: LIVRO SOBRE ALDEIA VELHA

Blog Aldeia Velha-Ipuca: não é um diário, como outros blogs - é um caderno de apontamentos das pesquisas

Autores: Sonia Regina e Fernando Oliveira - Produção: Rômulo Melo, da Pousada Beira-Rio

Parceiros: Pousada Beira-Rio , Pousada da Aldeia ,

Apoio: Secretário de Educação e Cultura e Vice-Prefeito Fernando Augusto Bastos da Conceição e Subsecretário de Turismo Antonio Henrique

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A 115km do Rio de Janeiro - no km 215 da BR 101 (mapa e dicas) - e aos pés da Serra do Mar, Aldeia Velha está cercada pela Mata Atlântica que abriga o raro mico-leão-dourado. De dia pode-se passear a cavalo e a pé, tomar banho no rio e nas várias cachoeiras. Antes do descanso nos campings ou pousadas vale conhecer os barzinhos abertos toda a noite. (fotos e slides).

Os 80 posts publicados desde 04.2 são sorteados para leitura a cada atualização desta página: ACESSE-OS em Postagens Aleatórias - na coluna da direita, onde também estão as parcerias. Atualmente estamos nos dedicando à releitura, compilação de dados e início das escrituras.

Continuem conosco e boas leituras!

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Aldeia de Ipuca (hoje Aldeia Velha) está na origem dos municípios Casimiro de Abreu e Silva Jardim

. Por Sonia Regina.  

Os atuais municípios de Silva Jardim e Casimiro de Abreu originaram-se da antiga aldeia dos índios de língua Guarulho da família linguística Puri, tronco Macro-Jê.
A aldeia foi fundada pelo capuchinho italiano Francisco Maria Táli no lugar hoje conhecido como Aldeia Velha, distrito de Silva Jardim.
Os indígenas foram trazidos de suas terras do outro lado da Serra dos Órgãos pelo sistema de "descimento" para fundarem a Aldeia de Ipuca.  Mudada para as margens do rio São João, foi construída, por volta de 1748, a igreja da Sacra Família.
Em 1761 a aldeia foi promovida a freguesia do distrito de Cabo Frio com o nome de Sagrada Família de Ipuca.
Com o desenvolvimento da cidade os moradores foram subindo o rio São João e seus afluentes e se estabelecendo em suas margens, formando pequenos povoados:

Poço das Antas (1753);
Juturnaíba (1753);
Capivari (1755);
Correntezas (1758)
e Gaviões (1765).
Em 1797 o povoado de Capivari (hoje distrito de Silva Jardim, sede de um dos maiores municípios da Baixada Fluminense, também chamado Silva Jardim) ainda era território da freguesia da Sagrada Família do Ipuca.
Em 1800 a sede da Freguesia foi transferida para a localidade onde já havia núcleos de pescadores (hoje Barra de São João, município de Casimiro de Abreu), junto à foz do rio São João, onde depois se edificou uma igreja consagrada a São João Batista.
Os moradores de Capivari pediram ao bispo que criassem em sua povoação uma freguesia, dada a distância da nova sede da freguesia, na foz do São João. Ela foi, então, criada pela Provisão de 09 de outubro de 1810, sob a inovação de N.S. da Lapa de Capivari (hoje Silva Jardim) . 




Hoje


Em divisão territorial datada de 2003 o município de Casimiro de Abreu é constituído de 4 distritos: Casimirio de Abreu, Barra de São João, Professor Souza e Rio Dourado.
Em “Síntese” de 31-Xll-1994, o município de Silva Jardim é constituído de 4 distritos: Silva Jardim, Aldeia Velha ex-Quartéis, Correntezas e Gaviões.


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A título de ilustração colo o fragmento do texto de Emerson Antonio de Oliveira no Relatório Técnico da Proposta de ampliação da Reserva Biológica União, no Estado do Rio de Janeiro (Ministério do Meio Ambiente - Departamento de Áreas Protegidas - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Coordenação de Criação de Unidades de Conservação)




"As primeiras notícias sobre a área onde hoje se situa Rio das Ostras datam do princípio do século XVIII, quando, de uma antiga aldeia de índios, originou-se a freguesia denominada Sacra Família de Ipuca, em 1761. A ocorrência de freqüentes epidemias naquela localidade fez com que a sede da freguesia fosse transferida para a foz do Rio São João, que já possuía núcleos de pescadores. O desenvolvimento aí verificado determinou a criação do município de Barra de São João em 1846, cujo território foi desmembrado do município de Macaé, tendo sido o arraial de Barra de São João elevado à categoria de vila.
Durante todo esse período, a estrutura econômica do futuro município de Casimiro de Abreu esteve baseada na agricultura. O isolamento físico associado à ausência de atividades agrícolas dinâmicas foi responsável pela pequena expansão do núcleo, que iniciou acentuado declínio a partir de 1888, com a libertação dos escravos. O desajustamento da economia do município ocasionado pela Lei Áurea deu motivo a repetidos deslocamentos de sua sede entre Barra de São João, assolada por surtos de malária, e Indaiaçu (antiga denominação da sede de Casimiro de Abreu), sendo a mesma definitivamente fixada, em 1925, na última localidade, que passaria a se chamar em seguida Casimiro de Abreu, nome atribuído a todo o município em 1938. "