A sustentabilidade ecológica e as espécies em extinção
“O que garante a possibilidade de uma espécie encontrar-se livre da extinção? É a construção de sustentabilidade ecológica. Não é só a presença da espécie "viva", se o seu ambiente está moribundo, com sinais de morte anunciada. E para tal é preciso de fato construir atividades socioambientais, com participação do entorno e das comunidades na recuperação ambiental.
O grande proprietário rural pode ter interesse no status ambiental, visto que se encontra em decadência boa parte de suas atividades produtivas. Todavia, a consciência e os valores com base na prática e no modo de vida estão presentes em atividades ligadas a uma agricultura de pequena produção, que tem princípios ecológicos e comunitários em sua base, como: a diversificação de culturas; o consórcio de espécies; a manutenção de nativas; a incorporação de árvores; e, por conseguinte, a atração da biodiversidade, que poliniza e fertiliza o ambiente com sementes e regenera a dinâmica ecológica; podendo recuperar o solo, a vegetação, a fauna, e a trama de relações que faz desses ambientes tropicais ricos e produtivos (REIS, 1999). E, sobretudo, com muitas oportunidades de uso, com funções ambientais necessárias e valiosas para a região e mais ainda para o futuro da biota - animais, plantas e seres humanos.”
Monica Cox de Britto Pereira